O surgimento de influenciadores virtuais como Aitana Lopez, de cabelo rosa, seguida por mais de 200.000 pessoas e que promove marcas como Olaplex e Victoria’s Secret, representa uma mudança significativa na economia de US$ 21 bilhões dos criadores de conteúdo. Esses avatares digitais, gerados com o uso de inteligência artificial, oferecem uma alternativa lucrativa para as marcas que buscam maximizar o alcance e minimizar os custos, sendo que alguns chegam a cobrar até US$ 1.000 por publicação.
No entanto, essa tendência gerou preocupações entre os influenciadores humanos, que temem a perda de renda para essas contrapartes orientadas por IA.
As marcas são atraídas pelos influenciadores virtuais por sua relação custo-benefício, controle e por evitarem controvérsias centradas em humanos. Parcerias notáveis incluem Noonoouri com a KKW Beauty de Kim Kardashian e Ayayi com a Louis Vuitton, demonstrando a adoção generalizada dessas criações hiper-realistas de IA.
Estudos mostram que influenciadores virtuais como Kuki em um anúncio da H&M alcançaram 11 vezes mais pessoas e reduziram significativamente o custo por impressão, enfatizando sua eficácia na lembrança e no reconhecimento da marca.
Apesar de regulamentações como a exigência da Índia para que os influenciadores virtuais revelem suas origens de IA, o debate continua sobre a ética da divulgação e o impacto na interação humana genuína. Influenciadores virtuais como Lil Miquela, com negócios no valor de centenas de milhares de dólares e uma diversidade de seguidores globais, destacam a complexa interação entre IA, cultura e comércio no setor de influenciadores.
Enquanto empresas como a Dapper Labs enfatizam a narrativa exclusiva e o toque humano por trás dos criadores virtuais, os críticos argumentam que os influenciadores orientados por IA, muitas vezes excessivamente sexualizados e orientados para o lucro, apresentam questões éticas e sociais mais amplas, especialmente em relação à representação e à autenticidade nos espaços digitais.