As startups europeias estão cada vez mais de olho na América Latina para expansão, com uma ampla gama de empresas da Polônia à Romênia demonstrando interesse. Benoit Menardo, cofundador da fintech Payflow, sediada em Madri, entrou nos mercados latino-americanos em 2023, observando que a região agora representa uma parte significativa de seus negócios. O apelo inclui uma vasta base de clientes e uma crescente força de trabalho em tecnologia, juntamente com processos regulatórios mais rápidos e políticas públicas convidativas.
No entanto, a região apresenta desafios únicos. Os altos salários dos melhores talentos e as exigências de recrutamento da força de trabalho local representam obstáculos. Empresas como a Payflow têm experimentado custos mais altos para líderes experientes na Colômbia em comparação com a Europa, um sentimento ecoado pelo CEO da Cobee, Borja Aranguren. Apesar desses desafios, países como o Chile estão recebendo as startups europeias, oferecendo incentivos, mas também esperando a integração da força de trabalho local.
A mudança é evidente em setores que vão da IA à saúde. A startup lituana Plag.AI, a plataforma polonesa LiveKid e o empreendimento romeno Pluria estão de olho na expansão latino-americana. Esses movimentos destacam a importância estratégica da região, apesar das complexidades da entrada no mercado e das diferenças culturais destacadas por especialistas como Paloma Vila, da Endeavor.
Maria Hahn, fundadora da Nutrix, uma startup do setor de saúde, aproveitou o ecossistema de apoio do Chile para a expansão inicial, beneficiando-se de financiamento não diluído e processos regulatórios acelerados. Essa abordagem estratégica permitiu que a Nutrix gerasse receita mais rapidamente do que os concorrentes europeus. Da mesma forma, o empreendimento mexicano da Cobee envolveu a aquisição de uma empresa local, indicando as estratégias diferenciadas que as startups europeias estão adotando para navegar no diversificado cenário latino-americano.
Com informações da Sifted