Em um avanço no setor, a Comisión para el Mercado Financiero (CMF) do Chile autorizou a fintech Shinkansen, criada em 2022 por Leo Soto, Ubaldo Taladriz e Francisco Larraín, a operar como uma câmara de pagamento de baixo valor. Essa medida coloca a Shinkansen em concorrência direta com o único participante do mercado atual, o Centro de Compensación Automatizado (CCA), de propriedade do Banco de Chile, Santander e Bci.
A Shinkansen, posicionada para interromper as infraestruturas de pagamento tradicionais, está iniciando seu empreendimento em duas fases. Inicialmente, a empresa pretende simplificar as transações para entidades financeiras, prometendo eficiência de custo e tempo. Os planos futuros envolvem inovações mais profundas na infraestrutura financeira, como pagamentos por número de celular, limites de transferência flexíveis e pagamentos em massa instantâneos, refletindo as ambições de aprimorar significativamente as transferências eletrônicas de fundos. A empresa fez grandes investimentos, incluindo uma exigência regulatória de um capital mínimo de US$ 500.000.
Inspirando-se no sistema PIX do Brasil, a Shinkansen pretende revolucionar os sistemas de pagamento instantâneo no Chile. Estabelecido pelo Banco Central do Brasil em 2020, o PIX representa um modelo fundamental para a estratégia da Shinkansen. Semelhante ao PIX, a Shinkansen pretende aproveitar a tecnologia moderna para facilitar a movimentação rápida e quase instantânea de dinheiro e a liquidação de dívidas entre instituições financeiras. Essa estratégia está alinhada com a tendência mais ampla de transformação digital no setor financeiro.