As startups de fintech do México enfrentam regulamentações rigorosas da CNBV

Mais de 30 pedidos de licença foram rejeitados desde 2018.
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Mexico Fintech Regulation Approvals And Rejections Increase

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A Lei Fintech do México, promulgada em 2018, estabeleceu uma estrutura regulatória pioneira para empresas de tecnologia financeira na América Latina e no mundo. Essa lei foi projetada para reger as empresas que já operam no México, concentrando-se principalmente em dois tipos: Instituições de Fundos de Pagamento Eletrônico (IFPE) e Instituições de Financiamento Coletivo (IFC). De acordo com o analista financeiro Ernesto Calero, a regulamentação tem como alvo essas instituições devido às suas atividades de aquisição de recursos públicos.

Desde o início da lei, a Comissão Nacional de Bancos e Valores (CNBV) autorizou aproximadamente 72 empresas. No entanto, mais de 30 pedidos de licença foram rejeitados, sendo que o número real pode ser maior devido a desistências não divulgadas do processo regulatório, conforme observado por Sebastián De Lara, um diretor do setor local.

Os analistas descrevem a lei mexicana de fintech como rigorosa, semelhante às regulamentações bancárias tradicionais. A transição de uma startup para uma instituição financeira regulamentada é desafiadora, exigindo conformidade com padrões rigorosos. Calero e De Lara concordam que a CNBV tem como objetivo garantir a segurança do usuário, muitas vezes aconselhando as empresas a retirarem seus pedidos de licença se não atenderem às condições necessárias.

Exemplos de solicitações rejeitadas incluem o Ethos Pay e o Aceptado Digital, que enfrentaram problemas como descrições incompletas de modelos financeiros, informações insuficientes e erros nos estudos de viabilidade financeira. Calero reconhece que essas exigências complexas e caras são essenciais para que as autoridades realizem uma análise de risco completa.

Apesar do rigor do órgão regulador, ambos os especialistas reconhecem os esforços da CNBV para facilitar a aprovação de licenças. Entretanto, as medidas de austeridade levaram a reduções de pessoal, complicando o processamento de um número cada vez maior de solicitações. De Lara observa que, embora os tempos iniciais de processamento fossem de cerca de um ano e meio, agora eles foram reduzidos para um ano ou menos, com alguns pedidos sendo processados em apenas sete ou oito meses.

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