Em 2023, as startups latino-americanas enfrentaram uma queda financeira substancial, garantindo apenas US$ 3,1 bilhões em capital de risco, um forte contraste com os anos anteriores. Esse valor representa uma redução significativa de 60,4% em relação aos investimentos de 2022 e uma diminuição de 81,7% em relação ao recorde de US$ 17,1 bilhões de 2021.
A Distrito, uma empresa brasileira de análise de mercado, destacou essa queda drástica, ressaltando 2023 como um ano desafiador para o mercado de capital de risco na América Latina. O número de rodadas de financiamento despencou para 746, o menor desde 2017, marcando uma queda de 48,6% em relação a 2022. Apesar desses contratempos, 2024 foi inaugurado com uma perspectiva mais otimista, com o CEO da Distrito, Gustavo Gierun, reconhecendo possíveis oportunidades emergentes.
No Brasil, o cenário foi particularmente difícil. O país, que sediou aproximadamente 61% de todas as rodadas de financiamento da América Latina em 2023, viu um declínio de 56,8% no capital de risco para suas startups em comparação com 2022. No entanto, fintechs brasileiras como a QI Tech e a Nomad se destacaram, garantindo US$ 200 milhões e US$ 61 milhões em financiamento, respectivamente, em 2023.
Apesar do declínio no investimento, o Brasil continua sendo o país da América Latina com o maior número de startups unicórnio.