A TriplePoint Venture Growth, um investidor em tecnologia com sede nos EUA, ajustou sua avaliação da Revolut, reduzindo sua participação em 18% no final do ano, indicando uma nova avaliação de US$ 23 bilhões, uma queda significativa em relação aos US$ 28 bilhões anteriores.
Esse movimento representa o segundo ajuste feito pela TriplePoint, após uma redução anterior, quando a Revolut, anteriormente aclamada como a fintech mais valiosa da Europa, com uma avaliação de US$ 33 bilhões, enfrentou ceticismo em relação à sua avaliação após garantir US$ 800 milhões em financiamento liderado pela SoftBank. Outros investidores, Schroders e Molten Ventures, também registraram reduções substanciais em suas participações na Revolut no ano passado.
Apesar de o setor de fintech estar passando por uma recuperação de avaliação – destacada pelo recente aumento de avaliação da Monzo – o atraso contínuo da Revolut na obtenção de uma licença bancária no Reino Unido, um processo iniciado em janeiro de 2021, contribuiu para a cautela dos investidores.
A hesitação do Banco da Inglaterra, motivada por preocupações regulatórias, exigiu que a Revolut simplificasse sua estrutura de acionistas e resolvesse questões contábeis, esforços que, segundo informações, tiveram progresso.
Em meio a esses desafios, a Revolut expressou frustração com o ambiente regulatório do Reino Unido, com planos de buscar uma listagem pública potencialmente favorecendo Wall Street em vez de Londres. Apesar desses obstáculos, a Revolut continua a se esforçar para obter sua licença bancária, com a nova liderança do Reino Unido enfatizando um caminho comprometido para o futuro.
Nesse meio tempo, a empresa relatou um aumento de 45% na receita em 2022, embora também tenha registrado um prejuízo, ressaltando os altos riscos e o potencial de crescimento no competitivo cenário das fintechs.